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Afastamentos do trabalho por transtornos mentais aumentam 40% no Brasil em apenas um ano

Redacão UOL

24 de jan. de 2024

Levantamento do INSS mostrou que transtorno misto ansioso e depressivo é a principal causa do afastamento

O número de afastamentos por transtornos mentais concedidos pelo INSS cresceu cerca de 40% no ano passado comparado ao anterior. De acordo com o órgão, 288.865 benefícios por incapacidade relacionados a transtornos foram concedidos em 2023.

O levantamento mostrou que 15 as principais razões por trás desses problemas. Todas elas são previstas na classificação internacional de doenças. No topo da lista está o transtorno misto ansioso e depressivo, com mais de 28 mil casos. Logo após, vêm episódios depressivos e depressivos graves. Ansiedade generalizada também aparece.

Dificuldades para bancar as contas de casa, ambiente político tumultuado, condições precárias de trabalho, falta de descanso e excesso de celular estão entre os motivos que potencializam o problemas de saúde mental.

“O excesso de informações, o excesso de tarefas e a necessidade de ter que ser muito produtivo e muito ativo o tempo todo vem criando e aumentando a ansiedade nas pessoas. Chegamos a um ponto que todo mundo acha normal e natural se sentir assim”, explica Liliana Seger, coordenadora do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas.

A responsabilidade sobre a saúde mental da população também cai em cima do Estado. Com ajuda da sociedade civil, foi criado o ‘Janeiro Branco’.

“É uma campanha que busca colocar em máxima evidência tudo o que diz respeito à saúde mental ao bem-estar emocional e a qualidade de vida das pessoas a principal tese a principal proposta do gênero branco é inspirar as pessoas a entenderem que saúde mental pede cuidados individuais políticas institucionais e também políticas públicas”, afirma Leonardo Abrahão, presidente do Instituo Janeiro Branco.

Por meio de palestras, debates e ações, os organizadores alertam para população sobre os males de uma saúde mental abalada. A iniciativa, inclusive, virou lei.

Apesar da campanha, profissionais pedem mais investimento para saúde mental nas escolas e ambientes de trabalho.

“Nós precisamos aumentar psicólogos nas escolas, nós precisamos aumentar o número de psiquiatras. Precisamos aumentar esse número de profissionais e qualificar essas pessoas para que elas possam identificar e prevenir antes que o estrago esteja feito”, finaliza Seger.

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